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Iêmen: governo e separatistas assinam acordo de paz

O governo do Iêmen, reconhecido pela comunidade internacional, assinou nesta terça-feira (5) um acordo para compartilhar o poder com os separatistas, a fim de encerrar o conflito no sul do país devastado por uma guerra com várias frentes. Os dois lados formalizaram sua reconciliação em uma cerimônia na Arábia Saudita.

O acordo de paz foi assinado na presença dos príncipes Mohammed Ben Zayed, dos Emirados Árabes Unidos, e Mohammed Ben Salman, da Arábia Saudita.
O acordo de paz foi assinado na presença dos príncipes Mohammed Ben Zayed, dos Emirados Árabes Unidos, e Mohammed Ben Salman, da Arábia Saudita. Saudi Press Agency/Handout via REUTERS
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"Este acordo abrirá um novo período de estabilidade no Iêmen", disse o príncipe herdeiro saudita, Mohamed Bin Salman, durante a cerimônia de assinatura do pacto, transmitida pela televisão. "É um dia feliz para a Arábia Saudita, já que os dois lados estão juntos", acrescentou.

Anunciado no fim de outubro, o acordo prevê a formação de um governo de 24 ministérios distribuídos "igualmente entre as províncias do norte e do sul do Iêmen", permitindo o retorno à calma na parte sul do país e o retorno do poder à Aden, a maior cidade da região.

Em agosto passado, os separatistas do sul assumiram o controle de Aden, após lutas contra as tropas leais ao presidente Abd Rabbo Mansour Hadi. Até então, essas duas forças eram aliadas na luta contra os rebeldes xiitas houthis.

Apoio dos príncipes

Além de Mohammed Bin Salman, da Arábia Saudita, o príncipe Mohammed Ben Zayed, dos Emirados Árabes Unidos, presenciou a assinatura do pacto. Os dois homens fortes na região encerraram uma crise embaraçosa para seus dois países, já que Riad defende o campo legalista no Iêmen, enquanto os Emirados Árabes Unidos estão do lado dos separatistas do sul.

O enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, parabenizou ambas as partes pelo acordo que, em sua opinião, estimula os esforços para acabar com a guerra civil que devastou o país.

"A assinatura deste acordo é um passo importante em nossos esforços coletivos para avançar em direção a uma solução pacífica do conflito no Iêmen", afirmou Griffths em um comunicado.

O acordo, contudo, não diz respeito aos rebeldes houthis do Iêmen, que ainda controlam vastos territórios, incluindo Sanaa, a capital.

(Com informações da AFP)

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