Protestos tomam universidades e estudantes estrangeiros começam a deixar Hong Kong
Os protestos pró-democracia se intensificam em Hong Kong, tomando esta semana as universidades locais. Estudantes europeus foram detidos durante manifestações. Alguns países ocidentais organizam a retirada de seus alunos que fazem intercâmbio no território.
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Após 24 semanas de mobilização, o movimento de contestação do governo e contra a influência de Pequim no território ganhou um novo palco. Desde terça-feira (12), confrontos entre manifestantes e policiais foram registrados nas principais universidades de Hong Kong. As autoridades chegaram a declarar que as faculdades se tornaram um “refúgio de criminosos”.
Na quinta-feira (14), dois estudantes alemães que participavam dos protestos foram detidos, preocupando as autoridades ocidentais. Diante da situação, algumas instituições europeias, que têm alunos fazendo intercâmbio em Hong Kong, começam a se mobilizar.
As direções de cinco universidades holandesas aconselharam seus estudantes a deixarem rapidamente o território por razões de segurança. Algumas das instituições vão, inclusive, pagar a passagem de volta dos alunos.
“A situação é preocupante, se degrada e é imprevisível. Os confrontos se aproximam do campus”, disse Annelies van Dijk, porta-voz da Universidade de Amsterdã. “Os alunos não se sentem mais em segurança e as famílias começam se inquietar”. Atualmente, 280 alunos holandeses estão inscritos em estabelecimentos escolares na ex-colônia britânica.
Já do lado de Oslo, o Ministério das Relações Exteriores da Noruega disse em seu site que "os estudantes devem avaliar continuamente a segurança do campus se o ensino for interrompido devido a protestos". Boa parte das escolas e universidades de Hong Kong estão fechadas desde terça-feira.
Instituições francesas também acompanham a evolução dos conflitos com atenção. A universidade parisiense Sorbonne Nouvelle aconselhou seus alunos a deixarem Hong Kong. Os que decidiram ficar no território foram alojados em um hotel distante do campus.
Alunos chineses e taiwaneses também começaram a deixar as universidades do território após os confrontos violentos.
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