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EUA/Diplomacia

Wikileaks obriga Casa Branca a repensar segurança de informações

Integrantes do Comitê Permanente de Inteligência da Câmara dos Representantes reuniram-se a portas fechadas com oficiais do Serviço de Inteligência do Departamento de Estado e do Escritório de Inteligência Nacional para discutir maneiras de melhorar a segurança de documentos secretos.

Câmara dos Representates, Casa Branca, Washington.
Câmara dos Representates, Casa Branca, Washington. Joyce N. Boghosian/DR/Wikipedia
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Por Raquel Krähenbühl, correspondente de RFI em Washington

 

Os 250 mil telegramas e mensagens confidenciais trocados entre diplomatas norte-americanos e divulgados pelo site Wikileaks  levou  a alta cúpula dos Estados Unidos a debater nesta quinta-feira os seus mecanismos de proteção de informações secretas. Pouco foi falado depois do encontro, mas de acordo com o republicano Pete Hoekstra, a reunião foi produtiva com um diálogo franco entre os dois partidos.  

Os republicanos criticaram a administração Obama, dizendo que não está agindo rápido o suficiente e que não vê pressa da Casa Branca em solucionar o problema. Muitos analistas concordam que o governo tem falhado ao lidar com esta ameaça e por isto chegou a hora do poder legislativo entrar em jogo para ajudar.

 As novas medidas anunciadas pelo governo nesta quarta-feira para proteger documentos confidenciais não foram vistas como suficientes por muitos analistas e congressistas.

 A Casa Branca criou uma comissão especial e apontou Russell Travers, um conselheiro experiente no combate ao terrorismo, para liderar os esforços de identificar e desenvolver reformas necessárias para solucionar as falhas na segurança.

A comissão independente vai aconselhar o presidente em assuntos de inteligência e também vai examinar como o poder executivo compartilha e protege informações secretas.

Wikileaks

O vazamento dos mais de 250 mil documentos confidenciais que vêm sendo divulgados gradualmente pelo site Wikileaks, e que está causando desconforto diplomático entre os Estados Unidos e vários países ao redor do planeta, também gerou  declarações furiosas entre políticos americanos.

 O ex-presidente Bill Clinton disse que vai ficar surpreso se ninguém perder a vida por conta dos vazamentos. O ex-governador de Arkansas, Mike Huckabee, afirmou que os responsáveis deveriam ser executados. E o ex- presidente da Câmara, Newt Gingrich, falou que os culpados deveriam ficar presos pelo resto da vida. Quanto ao senador independente Joe Lieberman, acredita que a comunidade internacional deveria trabalhar unida para bloquear as ações do site.

 Nesta quarta-feira, a loja virtual Amazon deixou de hospedar o WikiLeaks em seu servidor. Em reação, os representantes do site disseram que se Amazon está tão desconfortável com a liberdade de expressão, deveria desistir também de vender livros.

 O WikiLeaks vem enfatizando que a revelação dos documentos diplomáticos dos Estados Unidos é perfeitamente legal.

02:04

.Wikileaks/Washington 02.12

 

 

 

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