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“Eles deverão permanecer unidos”: caravana de migrantes espera por asilo na fronteira dos EUA

A caravana de migrantes da América Central, composta por cerca de 1.500 pessoas, entre adultos e crianças, esperam na cidade mexicana de Tijuana por uma chance de entrar nos Estados Unidos. No México, associações se organizam para ajudá-los nessa situação delicada, que promete ser difícil: o presidente norte-americano Donald Trump não mudou de opinião quanto a manter a fronteira fechada e protegida por quase 5.000 soldados.

Migrantes esperam poder entrar nos EUA
Migrantes esperam poder entrar nos EUA ALFREDO ESTRELLA / AFP
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Com informações da correspondente da RFI em Tijuana, Angelica Perez

“Eles chegaram mais cedo do que o previsto. Ainda não está claro, mas aparentemente o governo está transportando pessoas em ônibus de Jalisco, no sul do México. Agora, será preciso que eles se organizem para decidir o que vão fazer”, afirmou Alex Messing, coordenador da associação Pueblo Sin Frontera, à RFI.

Vai ser complicado, porque já tem 2.500 pessoas em Tijuana que já esperam para pedir asilo. E isso demora de 3 a 4 semanas, no mínimo. Se as próximas pessoas tentarem entrar [nos Estados Unidos] da mesma forma que os precedentes, há o risco de que demore muito mais tempo”, disse.

União faz a força

Para Soraya Vasquez, do Comitê Estratégico Humanitário de Ajuda ao Migrante, em Tijuana, a caravana deve permanecer unida, porque isso funcionará como uma forma de fazer pressão no governo americano.

“As autoridades levam em conta esse aspecto e, no momento, nós tentamos encontrar um grande espaço, um estádio, um auditório ou um parque para instalarmos um grande acampamento e onde eles poderão ficar juntos nas primeiras semanas”, declarou Soraya Vasquez à RFI. “Pelo menos até eles decidirem se vão pedir asilo nos Estados Unidos, porque nesse caso deverão permanecer em Tijuana durante vários meses.”

Ela também ressalta que, “uma vez instalados nesse grande acampamento, se for preciso ficar muito tempo, poderemos começar a colocá-los em albergues para migrantes, espaços menores mas com melhores condições do que permanecer ao ar livre”.

A indústria têxtil, onde há muita demanda de mão-de-obra no México, já manifestou interesse nos migrantes que estão em Tijuana. Mas, para Soraya Vasquez, a situação é difícil pois não há conhecimento sobre a capacidade das pessoas. “Haverá uma espera de meses para receber um visto por razões humanitárias, que permite trabalhar. É um assunto que o governo federal terá de assumir”, explica.

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