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Morre em acidente aéreo ministro do STF Teori Zavascki, relator da Lava Jato

O ministro do Supremo Tribunal Federal e relator da operação Lava Jato, Teori Zavaski, morreu nesta quinta-feira (19), aos 68 anos. Ele estava em um avião que caiu em Paraty, no Rio de Janeiro. Teori foi nomeado ao cargo em 2012 pela então presidente Dilma Rousseff.

Teori Zavascki morreu em acidente aéreo
Teori Zavascki morreu em acidente aéreo Reuters
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Luciana Marques, correspondente da RFI em Brasília

Em um rápido pronunciamento no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer decretou luto oficial de três dias. O presidente disse que Teori era um "homem de bem" e "orgulho" para todos os brasileiros. "Associo-me a todos os brasileiros ao lamentar a perda de um homem público cuja trajetória impecável a favor do Direito e da Justiça sempre o distinguiram", declarou Temer.

O falecimento do ministro foi confirmado pelo filho dele, Francisco Prehn Zavaski, em uma rede social. "Caros amigos, acabamos de receber a confirmação de que o pai faleceu! Muito obrigado a todos pela força!", escreveu.

Havia muita chuva no momento do acidente, segundo testemunhas. De acordo com a Infraero, a aeronave de pequeno porte, modelo King Air C90, decolou às 13h01 do Campo de Marte, em São Paulo, em direção a Paraty.

A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, que estava em Belo Horizonte, decidiu voltar para Brasília ao ser informada do acidente. Teori deve ser velado no Supremo Tribunal Federal.

Lava Jato vai ganhar novo relator

A relatoria de todo o processo da operação Lava Jato ficará a cargo de um novo ministro. De acordo com o regimento interno do Supremo Tribunal Federal, em caso de morte de ministro, o processo fica nas mãos do novo ocupante a ser indicado pelo presidente da República.

Porém, há exceções para essa regra, e o presidente do STF pode decidir redistribuir o caso por meio de um sorteio entre os ministros.

Teori analisava as delações de executivos da construtora Odebrecht, em uma das fases mais importantes da operação Lava Jato.

Juízes, procuradores e políticos lamentam morte

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, lamentou o falecimento do ministro Teori. Para
Janot, o ministro "honrou o papel de magistrado, ao atuar de forma ética, isenta, discreta e extremamente técnica durante toda sua carreira".

O procurador disse ainda que, na relatoria da operação Lava Jato no STF, Teori "não hesitou em adotar medidas inéditas para a Suprema Corte, a pedido do Ministério Público Federal".

A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) também manifestou pesar pelo falecimento do ministro Teori Zavascki.

"É absolutamente fundamental que as causas e circunstâncias do acidente sejam apuradas com a maior rapidez e transparência possível", declarou a associação.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, manifestou condolências à família e disse que o magistrado "ganhou respeitabilidade pelo senso de justiça, legalismo, equilíbrio e devoção às leis". Ainda segundo Renan, "o Brasil, a sociedade e o mundo juridico perdem um de seus maiores expoentes."

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