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Brasil/Desastre Mariana

Queixa coletiva de brasileiros no Reino Unido pede R$ 25 bi por desastre de Mariana

O gigante anglo-australiano da mineração BHP-Billiton é alvo de uma ação coletiva no valor de £ 5 bilhões (US$ 6,5 bilhões ou mais de R$ 25 bilhões), apresentada no Reino Unido pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015. A queixa, iniciada em novembro, foi confirmada nesta quarta-feira (8) pelo grupo.

Bento Rodrigues, no município de Mariana, Minas Gerais, alguns dias após rompimento da barragem da mineradora Samarco 19/11/15.
Bento Rodrigues, no município de Mariana, Minas Gerais, alguns dias após rompimento da barragem da mineradora Samarco 19/11/15. Rogério Alves/TV Senado
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"A BHP confirma que os detalhes legais de uma ação foram apresentados no Tribunal de Negócios e Propriedade de Liverpool", no noroeste da Inglaterra, anunciou o grupo em um comunicado. "A BHP tem a intenção de se defender", acrescentou o texto.

A queixa coletiva, uma das maiores na história da justiça do Reino Unido, foi iniciada em novembro, mas seus detalhes vieram à tona apenas nesta semana. A ação foi apresentada pelo escritório de advogados SPG Law, com sede em Liverpool.

Um advogado desse escritório explicou à AFP que a SPG Law exige da BHP £ 5 bilhões em danos e prejuízos em nome de cerca de 250 mil demandantes. Esse grupo inclui 240.000 indivíduos, 24 prefeituras, 11.000 empresas, uma arquidiocese católica e a comunidade indígena Krenak.

Embora tenham sido apresentadas ações civis no Brasil, "os demandantes acreditam que têm mais chances de obter uma indenização justa e rápida no Reino Unido do que em seu país. Os tribunais brasileiros podem levar mais de uma década para decidir uma sentença e as ofertas de indenização são muito inferiores aos danos sofridos", explicou o escritório na nota.

Maior tragédia ambiental do Brasil

A ação visa a BHP como coproprietária, junto com o grupo brasileiro Vale, da companhia mineradora Samarco. A empresa era administradora da barragem de resíduos de mineração que se rompeu em 5 de novembro de 2015, destruindo o vilarejo de Bento Rodrigues, contaminando o rio Doce e causando o pior desastre ambiental da história do país. A tragédia matou 19 pessoas.

Outra ação coletiva foi apresentada contra a BHP na Austrália por cerca de 3.000 investidores em julho de 2018.

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