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Prisão de bolsonarista que planejava ataque a bomba é destaque na imprensa francesa

A prisão, no último sábado (24), de um apoiador do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que planejava um ataque a bomba em Brasília para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, recebe a atenção dos jornais franceses desta segunda-feira (26).

Um homem segura uma placa que diz "SOS Forças Armadas" durante um protesto realizado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, na sede do Exército em Brasília, Brasil, em 7 de novembro de 2022.
Um homem segura uma placa que diz "SOS Forças Armadas" durante um protesto realizado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, na sede do Exército em Brasília, Brasil, em 7 de novembro de 2022. REUTERS - UESLEI MARCELINO
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"No Brasil, um homem foi detido por ter tentado instaurar o caos com explosivos", anuncia o título da matéria no site do Le Monde, explicando que o suspeito, "inspirado" no discurso de Bolsonaro, pretendia provocar a intervenção das Forças Armadas e impedir a posse de Lula, em 1° de janeiro.

Identificado como George Washington de Oliveira Sousa, continua o artigo, ele escondeu a bomba em um caminhão-tanque estacionado próximo ao Aeroporto de Brasília, e embora ele tenha detonado o artefato, este não explodiu.

Seu objetivo, de acordo com as informações da polícia divulgadas neste domingo (25), seria de "impedir o estabelecimento do comunismo no Brasil".

O caso também é destaque no site do Le Figaro. O diário reproduz as declarações do ministro da Justiça nomeado por Lula, Flávio Dino, que denuncia no Twitter que "os graves acontecimentos de ontem [sábado] em Brasília comprovam que tais acampamentos "patriotas" viraram incubadoras terroristas".

Estado de sítio

O homem detido admitiu à polícia que agiu com outros apoiadores de Bolsonaro e que o plano era instalar pelo menos duas bombas em lugares estratégicos e alcançar a "declaração de estado de sítio do país".

De acordo com o jornal francês, a polícia encontrou na casa do detido um armamento estimado em R$ 160 mil. Ele teria se inspirado nas declarações de Bolsonaro de que "um povo armado jamais será escravizado".

Ainda de acordo com sua confissão, ele planejava distribuir as armas para as pessoas que seguem acampadas na capital brasileira.

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