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NASA alerta que julho de 2023 pode ser o mês mais quente já registrado em milhares de anos

É provável que julho de 2023 seja o mês mais quente em "centenas, se não em milhares de anos", alertou o renomado climatologista da NASA, Gavin Schmidt, durante coletiva de imprensa na quarta-feira (20).

Um bombeiro do condado de San Bernardino limpa a cabeça enquanto o Oak Fire queima perto de Fontana, Califórnia, em 20 de julho de 2023 © DAVID SWANSON / AFP
Um bombeiro do condado de San Bernardino limpa a cabeça enquanto o Oak Fire queima perto de Fontana, Califórnia, em 20 de julho de 2023 © DAVID SWANSON / AFP © DAVID SWANSON / AFP
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Vários recordes diários de temperatura já foram quebrados neste mês de julho de 2023, de acordo com ferramentas de monitoramento da União Europeia e da Universidade do Maine, nos Estados Unidos, que combinam dados terrestres e de satélite em modelos para gerar estimativas preliminares.

Embora sejam ligeiramente diferentes entre si, a tendência de calor extremo é inegável e provavelmente se refletirá nos relatórios mensais mais abrangentes a serem divulgados posteriormente pelas agências dos EUA, disse Schmidt na coletiva de imprensa.

"Estamos vendo mudanças sem precedentes em todo o mundo: as ondas de calor que estamos vendo nos EUA, na Europa e na China estão batendo recordes a torto e a direito", acrescentou.

Além disso, esses efeitos não podem ser atribuídos apenas ao fenômeno climático do El Niño, um evento climático recorrente ligado ao aquecimento do Oceano Pacífico equatorial, que "realmente acabou de aparecer", continuou o climatologista.

Aquecimento generalizado de todos os oceanos

Embora o El Niño desempenhe um papel pequeno, o cientista explicou que "o que estamos vendo é um aquecimento generalizado, praticamente em todos os lugares, especialmente nos oceanos. Estamos registrando temperaturas recordes na superfície do mar há muitos meses, mesmo fora dos trópicos", apontou Schmidt.

"Esperamos que isso continue, e a razão pela qual achamos que vai continuar é porque continuamos colocando gases de efeito estufa na atmosfera", alertou.

O que está acontecendo agora está aumentando as chances de que 2023 também seja o ano mais quente já registrado, ao qual Gavin Schmidt atribui atualmente uma "chance de 50-50%", embora ele tenha dito que outros cientistas a posicionem em 80%.

"Mas prevemos que 2024 será um ano ainda mais quente, porque começaremos com esse evento El Niño que está se formando agora e que atingirá o pico no final deste ano", disse ele.

Os avisos de Schmidt chegam em um momento em que o mundo foi abalado por incêndios florestais e alertas de saúde graves na semana passada, bem como por novos recordes de temperatura.

(Com AFP)

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