Covid: OMS e autoridade sanitária dos EUA monitoram nova variante do coronavírus
A Organização Mundial da Saúde e as autoridades de saúde americanas anunciaram na sexta-feira (18) que estão monitorando de perto uma nova variante do vírus Covid-19, mesmo que “no momento o impacto potencial das numerosas mutações de BA.2.86 seja desconhecido”.
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A OMS decidiu classificar uma nova variante "na categoria de variantes sob vigilância devido ao número muito grande (mais de 30) de mutações do gene Spike que carrega", escreve a organização em seu boletim epidemiológico dedicado ao Covid -19 e transmitido durante a noite de quinta para sexta-feira.
É a proteína Spike que dá ao vírus sua aparência pontiaguda e é o que permite que o SARS-CoV-2 entre nas células hospedeiras. Até agora, a nova variante só foi detectada em Israel, Dinamarca e Estados Unidos.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA também indicou que está monitorando de perto a variante, em mensagem publicada na rede social X (ex-Twitter).
Atualmente, apenas quatro sequências conhecidas dessa variante foram relatadas, sem ligação epidemiológica associada conhecida, explica a OMS.
“O potencial impacto das mutações BA.2.86 é atualmente desconhecido e está sendo cuidadosamente avaliado”, explica a organização, destacando mais uma vez a importância de continuar a monitorizar, sequenciar e notificar as autoridades competentes para se ter uma visão precisa e abrangente da situação da Covid -19.
A OMS está atualmente rastreando três variantes de interesse (XBB.1.5, XBB.1.16 e EG.5) e sete variantes são classificadas sob vigilância (BA.2.75, BA.2.86, CH.1.1, XBB, XBB.1.9.1, XBB.1.9.2 e XBB.2.3).
Ameaça continua
A maioria dos países que tinham implantado sistemas de vigilância específicos para a presença do vírus Covid-19 e suas variantes, em geral, os desmantelaram, acreditando que a ameaça agora era menos grave e não justificava mais essas despesas.
Se, desde o início de maio, a OMS já não considera a pandemia como uma emergência de saúde global, “o vírus continua a circular em todos os países, continua a matar e continua a mudar”, voltou a frisar na semana passada o seu diretor-geral Tedros Ghebreyesus.
(com AFP)
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