Festival de HQ de Angoulême premia quadrinhista americano Daniel Clowes, autor de "Monica"
O norte-americano Daniel Clowes ganhou no sábado o Fauve d'or (gato selvagem de ouro, em tradução livre) de melhor álbum do ano com "Monica", anunciou o júri do Festival de Histórias em Quadrinhos de Angoulême, no oeste da França, um dos principais eventos internacionais do setor. A japonesa Moto Hagio levou o prêmio de honra pelo conjunto de sua obra.
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O veterano Clowes é um cronista da vida cotidiana dos Estados Unidos. Em “Monica”, os enredos múltiplos se entrecruzam e acabam formando um todo. A inventividade de Clowes remete ao talento de contemporâneos como Chris Ware e Charles Burns.
“Monica”, décimo álbum de Clowes, 62 anos, é aplaudido pela crítica. Segundo o editor francês Guy Delcourt, que recebeu o troféu no sábado no palco do teatro de Angoulême, o artista americano, que vive em Oakland, na Califórnia, estava a caminho, mas acabou sendo "detido" pela Covid em Paris.
Outro grande prêmio do festival, o Grand Prix da cidade de Angoulême, foi para a britânica Posy Simmonds.
Presença japonesa
Os quadrinhos americanos tentam maior reconhecimento em Angoulême, que é bastião dos tradicionais HQ franco-belgas. Já o mangá japonês conseguiu se estabelecer no mercado, com presença garantida no evento.
Este ano, a japonesa Moto Hagio levou o Fauve de honra pelo conjunto de sua obra, com direito a uma retrospectiva de seu eclético trabalho, iniciado em 1969. A mostra “Moto Hagio, além dos gêneros” celebra os mais de 50 anos de carreira da cartunista.
A edição 2024 do Festival de Angoulême termina neste domingo.
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