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AIEA alerta Rússia sobre situação precária e risco de acidente nuclear na usina de Zaporíjia

O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, alertou a Rússia nesta quarta-feira (6) contra qualquer reinicialização precipitada da usina nuclear de Zaporíjia, ocupada pelo Exército russo, no sul da Ucrânia.

A central nuclear de Zaporíjia ocupada por soldados russos em 1º de maio de 2022.
A central nuclear de Zaporíjia ocupada por soldados russos em 1º de maio de 2022. © AP
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Grossi está visitando a Rússia, onde deve se encontrar com o presidente Vladimir Putin pela primeira vez desde 2022 e discutir, em particular, a situação “precária” na central nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa.

Controlada pelas tropas de Moscou desde março de 2022, a central foi alvo de múltiplos bombardeios e cortada da rede elétrica em diversas ocasiões. Ambos os lados se acusam mutuamente de querer causar uma catástrofe nuclear.

Grossi disse à AFP na quarta-feira, em Sochi, no sul da Rússia, que explicou a seus interlocutores russos que qualquer retomada da central elétrica "exigiria um certo número de considerações sérias".

"Esta é uma zona de combate militar. Uma zona de combate ativo", sublinhou o responsável da AIEA, ao mesmo tempo que lembrou que a central está fechada "há um longo período" e que, por isso, é necessário realizar certo número de avaliações de segurança. 

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Diálogo

O chefe da agência nuclear russa Rosatom, Alexei Likhachev, confirmou às agências de notícias russas que havia discutido com Grossi "as medidas a serem tomadas para garantir a segurança (da usina) não apenas durante o desligamento, mas também durante o modo ativo".

Rafael Grossi disse também à AFP que era “muito importante continuar o diálogo com a Rússia”.

O chefe da AIEA já tinha falado com Putin em outubro de 2022 e visitou várias vezes a Ucrânia para se encontrar com o presidente Volodymyr Zelensky.

Ele fez um apelo à Rússia e à Ucrânia “para exercerem a maior contenção” a fim de evitar um acidente nuclear. Segundo ele, a situação continua “muito preocupante” na central de Zaporíjia.

(Com AFP)

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