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Brasil/França

Ato contra Bolsonaro reúne centenas de pessoas em Paris

Motivadas pela criação e repercussão no Facebook do grupo Mulheres contra Bolsonaro, que reúne mais de 3 milhões de pessoas, centenas de manifestantes se reuniram na tarde deste sábado (29) em Paris para dizer “Ele não” ou “Pas lui” (em francês). O protesto na Praça da República ecoa o movimento que ocorreu em diversas cidades do Brasil e em países como Estados Unidos, Alemanha, Nova Zelândia, Moçambique, Itália, Portugal e Espanha, entre outros.

Movimento "Mulheres contra Bolsonaro" reuniu centenas de pessoas em Paris.
Movimento "Mulheres contra Bolsonaro" reuniu centenas de pessoas em Paris. RFI/Paloma Varón
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O local escolhido para o ato em Paris não podia ser mais simbólico: a reunião se deu ao lado da estátua da Marianne, símbolo da república francesa, que é marco da praça de mesmo nome. Homens e crianças também participaram da manifestação, mas foram as mulheres quem organizaram e mobilizaram o ato, levando-o das redes sociais para a praça.

Para Mariana Schmitz, organizadora do protesto em Paris, a primeira razão para ter criado o evento na capital francesa é apoiar as manifestações que estão acontecendo no Brasil hoje. “Nós queremos alertar para o mundo inteiro o perigo que esta candidatura representa. O mundo já tem Trump e Putin, a gente não pode ter um líder na América Latina que represente estes ideais e estes valores. A gente é contra, a gente recusa ficar em silêncio e aceitar esta prática política que é fascista e misógina”, afirma.

Manifestantes pintaram em seus rostos o slogan "Ele Não", que no protesto parisiense virou "Pas Lui".
Manifestantes pintaram em seus rostos o slogan "Ele Não", que no protesto parisiense virou "Pas Lui". RFI/Paloma Varón

“Ele é não somente o candidato da extrema direita, mas é misógino, racista, homofóbico e representa tudo o que as mulheres recusam hoje em dia em termos de política. Ele nos ataca particularmente e é por isso que hoje nos insurgimos contra Bolsonaro”, completa.

Nazifascismo

Ao fundo, um coro não parava de cantar uma música intitulada #EleNão, com letra contra Bolsonaro em ritmo de Bella Ciao, hino da resistência contra o fascismo na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Um trecho da música diz: “Somos mulheres, a resistência de um Brasil sem fascismo e sem horror”.

Entre os participantes, havia brasileiros mas também franceses, muitos dos quais apoiam a causa por conhecer de perto o que chamam de ameaça da extrema direita e a redução de direitos sociais. Um manifestante, que não quis se identificar, fez a ligação do quadro político de hoje com a Segunda Guerra, que tanto marcou a França, vizinha da Alemanha e da Itália. “Estou aqui contra a ascensão da extrema direita na Europa e a ameaça na América Latina. Eles se parecem, têm ideias nazistas, e onde há nazismo eu sou contra”.

Protesto contra Bolsonaro reuniu brasileiros, mas também franceses.
Protesto contra Bolsonaro reuniu brasileiros, mas também franceses. RFI/Paloma Varón

Nina Paloma Branco diz que foi à manifestação contra Bolsonaro porque ele tem valores negativos. “Ele é racista, misógino, homofóbico, dissemina raiva, é fascista, quer a volta ditadura militar e o retrocesso social brasileiro”.

Para Flora Mangini, participante do ato, é importante que as mulheres saiam às ruas contra esta candidatura “porque ele é abertamente misógino e é violento contra todas as minorias, especialmente as mulheres”.

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