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Índia/Brasil

Dilma quer criar ‘carreira das Índias do século 21’

Com a meta de aumentar o comércio bilateral para US$ 15 bilhões até 2015, o governo brasileiro quer dinamizar os fluxos de investimentos e fazer da Índia um parceiro estratégico em projetos de cooperação nas áreas de defesa, biocombustíveis (etanol) e tecnologias mais avançadas. No penúltimo dia de sua visita ao país, a presidente Dilma Rousseff demonstrou entusiasmo com o potencial comercial e de cooperação política e tecnológica com o governo indiano.

A presidente Dilma Rousseff deposita flores no Memorial de Gandhi, em Nova Délhi.
A presidente Dilma Rousseff deposita flores no Memorial de Gandhi, em Nova Délhi. REUTERS
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Brasil e Índia assinaram hoje seis acordos de cooperação na sede do governo indiano, entre eles o Programa Ciências Sem Fronteiras. Na cerimônia, o primeiro-ministro Manmohan Singh declarou que a parceria com o Brasil foi fortalecida no diálogo que manteve esta semana com Dilma. Os dois líderes reforçaram o compromisso de lutar juntos pelas reformas do Conselho de Segurança da ONU e das instituições de governança mundial, que devem refletir o peso conquistado pelos países emergentes. Índia e Brasil se sentem confrontados aos mesmos desafios de combater a pobreza, melhorar a distribuição de renda e promover políticas públicas sustentáveis.

Dilma discursou no encerramento de um fórum empresarial que atraiu 150 empresários brasileiros a Nova Délhi. Ela afirmou que as oportunidades de negócios que se abrem na Índia marcam o início de uma nova era nas relações bilaterais, como no tempo das conquistas dos navegadores portugueses, que descobriram o Brasil achando que estavam no caminho das Índias.

Memorial de Gandhi

Encerrada a cúpula do BRICS, nessa quinta-feira, Dilma ficou no país para uma visita oficial de Estado. Pela manhã, ela participou de uma cerimônia militar no palácio presidencial e em seguida depositou flores no Memorial de Mahatma Gandhi, onde repousam as cinzas do líder pacifista morto em 1948. No local, Dilma leu os sete pecados capitais responsáveis pelas injustiças sociais segundo Gandhi: riqueza sem trabalho, prazeres sem escrúpulos, conhecimento sem sabedoria, comércio sem moral, política sem idealismo, religião sem sacrifício e ciência sem humanismo.

No período da tarde, a presidente recebeu em reuniões fechadas a líder da oposição Sushma Swaraj, do partido regionalista BJP, e Sonia Gandhi, nora do líder pacifista, atual presidente do Partido do Congresso, legenda que deu uma geração de governantes à Índia e está no poder.

A noite, a presidente indiana, Pratibha Patil, 77 anos, oferece um banquete à delegação brasileira no palácio presidencial. Primeira mulher a ser eleita presidente da Índia, em 2007, Patil é advogada e ocupa um cargo de representação. Seu mandato termina em julho.

Na manhã de sábado, Dilma vai à cidade de Agra para conhecer o Taj Mahal. No início da tarde, no horário indiano, ela embarca para o Brasil.

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