Conferência Rio+20 é destaque na imprensa francesa
A Rio+20 se aproxima e com a conferência também cresce a cobertura da imprensa francesa sobre o evento. O jornal Le Figaro informa hoje que a dez dias da abertura do encontro, no Rio de Janeiro, o governo local fechou o lixão de Gramacho.
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Em tempos normais, o lixão de 60 metros de altura espalhado em 130 hectares de terreno, recebia diariamente 9 mil toneladas de lixo provenientes da região metropolitana do Rio. Mas para mostrar que está realmente determinado a mudar a paisagem, o governo do Rio desativou este que é considerado o maior lixão da América Latina, diz o Figaro.
O jornal francês descreve o local como um formigueiro, onde catadores de lixo, crianças e porcos dividiam os restos. O Le Figaro ouviu relatos de pessoas que ganhavam até 80 euros por dia na exploração do lixão, o que é uma quantia considerável para um país onde o salário mínimo é de 245 euros. Muitos foram pioneiros na reciclagem, transformando detritos em objetos reaproveitáveis. Segundo o Le Figaro, nos tempos áureos o lixão de Gramacho chegou a atrair 18 mil pessoas.
Para evitar uma explosão social, escreve o Le Figaro, a prefeitura do Rio previu uma indenização a 1.700 cariocas que sobreviviam diretamente do lixo. Cada um vai receber 5.600 euros de indenização e cursos de qualificação para trabalhar na construção civil, informa o jornal.
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