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Explosões/Ancara

Número de mortos sobe para 95 em explosões em Ancara

Pelo menos 95 pessoas morreram neste sábado (10) no mais grave ataque já cometido na capital turca, Ancara. O alvo foi uma manifestação pela paz organizada pela oposição pró-curda, a três semanas das eleições legislativas antecipadas. As autoridades turcas logo evocaram a hipótese de um atentado.

Ancara, Turquia, 10/10/15.
Ancara, Turquia, 10/10/15. REUTERS/Tumay Berkin
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Às 10h04, horário local, duas fortes explosões sacudiram a região da estação central de trem de Ancara, onde milhares de militantes vindos de todo o país, atendendo o apelo de vários sindicatos, ONGs e partidos de esquerda, se reuniam para denunciar a retomada da violência entre forças do governo e rebeldes curdos.

As explosões transformaram a esplanada da estação em cenário de guerra, com muitos corpos sem vida espalhados em meio a faixas e cartazes. A polícia tentou conter o pânico com tiros para o alto.

De acordo com um balanço provisório do ministério da Saúde, pelo menos 86 pessoas morreram e outras 186 ficaram feridas. O presidente turco, Recep Tayyip Erdonga, muçulmano conservador, denunciou "um ataque de ódio contra a unidade e a paz do país". Ele prometeu uma resposta rígida a seus autores.

Retaliações

No último dia 20 de julho, um atentado atribuído ao grupo Estado Islâmico fez 32 vítimas fatais entre militantes da causa pró-curda na cidade de Suruç, na fronteira com a Síria. O ataque deu início a novos confrontos entre rebeldes do PKK, de um lado, e exército e polícia turcos, do outro, colocando fim a um frágil cessar-fogo decretado em março de 2013.

Desde então, mais de 150 policiais e soldados foram mortos em atentados atribuídos ao PKK, enquanto as autoridades turcas afirmam ter “eliminado” mais de dois mil membros do grupo rebelde.

Unilateralmente, o PKK anunciou neste sábado, algumas horas após o ataque de Ancara, que suspende todas as suas atividades antes das eleições legislativas do dia 1° de novembro.

No pleito de 7 de junho, o partido do presidente Erdogan perdeu a maioria absoluta que detinha havia 13 anos no parlamento. Após o fracasso das negociações para formar um governo de coalizão, líder turco convocou as eleições antecipadas.

 

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