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Síria/oposição

Oposição síria promete punir rebelde que arrancou coração de soldado

Os representantes da oposição síria prometeram nesta quarta-feira punir os autores do vídeo que mostra um rebelde arrancando o coração de um soldado do regime. As images suscitaram uma onda de protestos. A ONU pediu a abertura de processo na Corte Pena Internacional, e os Estados Unidos se disseram horrorizados.

O vídeo de um rebelde sírio mutilando um cadáver chocou o mundo
O vídeo de um rebelde sírio mutilando um cadáver chocou o mundo DR
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A autenticidade do vídeo ainda não pôde ser verificada, mas os próprios opositores se disseram chocados pela cena, descritas como ‘’horríveis e desumanas’’. Eles também denunciaram as consequências do ato para a imagem da revolução e prometeram punir os autores. “O culpado será punido severamente mesmo que se trate de um membro da rebelião’’, diz o comandante do estado-maior do Exército livre da Síria em um comunicado. Ele também pediu uma investigação.

Entrevistado pelo Skype pela revista americana Time, o rebelde, identificado como Khalid al-Hamad, disse que arrancou o coração do soldado depois de ter descoberto em seu celular imagens de uma mulher nua sendo torturada diante de suas duas filhas. No vídeo, ele faz referência aos alaouítas, a minoria xiita da qual faz parte o presidente Bachar al-Assad.

Desde o início da revolta popular em 2011, a divulgação de vídeos violentos têm sido cada vez mais frequente, e o regime e os opositores trocam acusações de crimes contra a humanidade. “Tais atos não tem nenhuma justificativa”, disse Abou Zeid, comandante rebelde em Raqqa, cidade situada no norte do país. De acordo com um porta-voz do departamento de Estado, os rebeldes asseguraram a Washington que esse tipo de atitude não representava a maioria da oposição armada. Ele ainda declarou que o autor do video foi incriminado e excluído.

Comunidade internacional deve se reunir em junho

Os Estados Unidos e a Rússia convocaram uma nova reunião sobre a Síria em junho, que deverá acontecer em Genebra. Os americanos esperam que o presidente Bachar al-Assad, se disponha a iniciar um diálogo com a oposição, desde que não integre o governo de transição, mas o líder sírio continua excluindo a possibilidade de deixar o poder. O ministro sírio da Informação, Omrane al-Zohbi, estimou nesta terça-feira que essa questão era da alçada "do povo sírio", que decidiria o futuro do país nas urnas. As 'eleições' estão normalmente programadas para 2014.
 

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