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Israel/Funeral

Em funeral com honras militares, líderes dão adeus a Sharon

O ex-premiê israelense Ariel Sharon (1928-2014) será enterrado na tarde desta segunda-feira (13) no rancho de sua família perto da fronteira com a Faixa de Gaza. O corpo de Sharon ficará ao lado do de sua segunda mulher, Lily. Antes do sepultamento, uma cerimônia oficial com honras militares aconteceu na esplanada da Knesset, o parlamento israelense em Jerusalém.

Personalidades como Joe Biden, Benjamin Netanyahu e Tony Blair prestam última homenagem ao ex-premiê Ariel Sharon.
Personalidades como Joe Biden, Benjamin Netanyahu e Tony Blair prestam última homenagem ao ex-premiê Ariel Sharon. REUTERS/Darren Whiteside
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O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na cerimônia que "Arik" (diminutivo de Ariel) "foi um homem complexo, que viveu numa época complexa", referindo-se à trajetória controversa de Sharon.

O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, representante do quarteto para o Oriente Médio, afirmou que Sharon provocou estragos consideráveis, mas seus objetivos e suas motivações ao menos eram sempre claros".

O presidente israelense, Shimon Peres, e o premiê Benjamin Netanyahu, prestaram uma homenagem vibrante ao "combatente" Sharon, lembrando seu papel na Guerra do Yom Kippur, em 1973, e "sua guerra contra o terrorismo". Netanyahu se comprometeu a defender "os princípios" de Sharon sobre a segurança de Israel. O premiê aproveitou a cerimônia fúnebre para reafirmar que Israel fará tudo para impedir que o Irã adquira a bomba atômica. Shimon Peres declarou que "sobre os ombros de Sharon repousava a segurança do país".

Zeev Hever, apontado como o "cérebro" da colonização israelense nos territórios palestinos, disse que Sharon foi "um pai" para tudo o que se refere às implantações judaicas nas terras palestinas. A família do ex-general, os dois filhos de Sharon e seus dois netos, personalidades israelenses e estrangeiras, assim como militares de alta patente participaram da cerimônia no parlamento.

O corpo de Sharon segue para sepultamento no rancho da família, no sul de Israel, onde estão previstos discursos dos filhos Gilad e Omri, assim como do chefe do estado-Maior israelense Benny Gantz. Sharon vai repousar ao lado do corpo de sua segunda mulher, Lily.

Trajetória controversa

Ariel Sharon morreu no último sábado depois de passar oito anos em coma, em decorrência de dois derrames cerebrais. Ele entra para a história como o líder israelense arquiteto da invasão ao Líbano, em 1982, e responsável pelo cerco ao ex-líder da OLP Yasser Arafat em Ramalá, cuja morte em 2004, em Paris, levantou suspeitas de um suposto envenenamento.

Ele também era ministro da Defesa quando as tropas israelenses massacraram centenas de refugiados palestinos nos campos de Sabra e Chatila, em Beirute. Ele foi considerado o responsável pelo ataque, ocorrido em setembro de 1982.

O ex-general estimulou a colonização dos territórios palestinos, mas aceitou expulsar 8 mil colonos da Faixa de Gaza, em 2005. Para muitos israelsenses, Sharon foi verdadeiro um herói. Mas, para seus críticos, ele foi um militar sanguinário.

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