Atropelamento deixa 12 soldados israelenses feridos em Jerusalém
Um atropelamento no centro de Jerusalém deixou 14 feridos na madrugada desta quinta-feira (6), a maioria soldados israelenses, de acordo com as autoridades locais, que iniciaram uma investigação por "ataque terrorista".
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"Nesta quinta-feira, um ataque com um automóvel foi executado em Jerusalém. Um soldado ficou gravemente ferido e foi levado para um hospital. Outros 11 soldados ficaram levemente feridos", anunciou o exército israelense, que considera a ação muito provavelmente um "ataque terrorista".
O movimento islamita palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, elogiou o ataque, que considerou uma "resposta" ao plano do presidente americano Donald Trump para o Oriente Médio.
"A operação de resistência no centro de Jerusalém ocupada é uma resposta tangível de nosso povo ao plano de destruição de Trump", declarou o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, em um comunicado.
O Hamas também celebrou os "atos de resistência do sul ao norte da Cisjordânia" ocupada, após distúrbios violentos nos últimos dias entre palestinos e forças israelenses.
A polícia informou que o automóvel avançou contra a multidão às 1H45 (20H45 de Brasília, quarta-feira) na avenida próxima à antiga estação de trem otomana que foi transformada em uma área com muitos bares e restaurantes.
"As unidades policiais e os socorristas foram enviados ao local. Uma investigação foi aberta por ato terrorista", disse o porta-voz da polícia israelense, Mickey Rosenfeld.
Palestino morto
Na Cisjordânia ocupada, um palestino morreu e sete ficaram feridos em confrontos com o exército israelense nesta quinta-feira em Jenin. De acordo com a agência oficial palestina Wafa, um palestino de 19 anos, Yazan Abu Tabikh, morreu ao ser atingido por um tiro israelense nesta localidade da Cisjordânia ocupada.
Os distúrbios explodiram após a demolição da casa de Ahmed Qanbah, um palestino membro de um comando que executou um ataque em 2018 que provocou a morte de um rabino na região de Nablus, segundo o exército do Estado hebreu. A ação obedece à política do exército de destruir residências de pessoas responsáveis por ataques.
Na quarta-feira (5), o exército israelense matou um jovem palestino em Hebron, sul da Cisjordânia.
Os incidentes aconteceram nove dias depois do anúncio do projeto americano para o Oriente Médio, que pretende transformar Jerusalém na capital "indivisível" de Israel. De acordo com o plano promovido pelo presidente Donald Trump, Israel também poderia anexar as colônias judaicas na Cisjordânia ocupada, especialmente no Vale do Jordão.
O projeto também contempla a criação de um Estado palestino desmilitarizado no que restar da Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Israel recebeu de maneira favorável o plano, mas os palestinos rejeitam o projeto do governo Trump.
(Com informações da AFP)
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