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Apesar de resolução da ONU sobre pausas no conflito, Israel continua operação em hospital de Gaza

Quebrando o silêncio pela primeira vez desde o início da guerra entre o Hamas e Israel, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução, na noite de quarta-feira (14), propondo “pausas e corredores humanitários” na Faixa de Gaza. Porém, no terreno, os combates continuam. O Exército israelense confirmou nesta quinta-feira (16) que seus “soldados” ainda estavam mobilizados no hospital Al-Shifa, onde afirma ter encontrado “munições, armas e equipamento militar”, o que é negado pelo Hamas.

Soldados israelenses inspecionam o complexo hospitalar Al-Shifa, em meio à operação terrestre contra o grupo islâmico palestino Hamas, na cidade de Gaza. Em 15 de novembro de 2023.
Israeli soldiers inspect the Al Shifa hospital complex, amid their ground operation against Palestinian Islamist group Hamas, in Gaza City, November 15, 2023 in this handout image via REUTERS - Israel Defense Forces
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O exército israelense continua o ataque nesta quinta-feira ao principal hospital da Faixa de Gaza. Milhares de civis palestinos estão abrigados no edifício, o que suscita sérias preocupações e muitas críticas internacionais.

O imenso complexo hospitalar de Al-Shifa está no centro dos combates há vários dias. As instalações são apresentadas por Israel como um centro estratégico e militar do Hamas, informação que é negada pelo movimento islâmico, no poder na Faixa de Gaza desde 2007.

Os militares israelenses afirmam ter encontrado “munições, armas e equipamento militar” do Hamas no hospital, divulgando imagens do que afirmam ser armas, granadas e outros equipamentos. A informação não pôde ser verificada de forma independente.

O Exército israelense confirmou nesta quinta-feira à AFP que os seus “soldados” ainda estavam mobilizados neste hospital onde, segundo a ONU, estão cerca de 2.300 pessoas (pacientes, profissionais de saúde, pessoas deslocadas pela guerra).

“As escavadeiras israelenses destruíram parcialmente a entrada sul” do complexo, “perto da maternidade”, já danificada por disparos de tanques nos últimos dias, informou durante à noite, por sua vez, o Ministério da Saúde do Hamas. O Exército israelense “não encontrou armas nem equipamento militar” em Al-Shifa, rebateu a mesma fonte, afirmando “não autorizar” a presença de armas nos seus estabelecimentos.

Desde o ataque sangrento lançado pelo movimento palestino em seu território, em 7 de outubro, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas. O movimento islâmico é classificado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

ONU pede “pausas”

Na quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução pedindo “pausas e corredores humanitários” na Faixa de Gaza. O texto, que obteve 12 votos a favor e 3 abstenções (dos Estados Unidos, Reino Unido e Rússia), é o primeiro adotado pelo Conselho desde o final de 2016 sobre a questão israelo-palestina.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islâmico desde a criação de Israel. Do lado israelense, cerca de 1.200 pessoas foram mortas, principalmente civis massacrados naquele dia, segundo as autoridades. Em retaliação, Israel bombardeou implacavelmente a Faixa de Gaza, que foi sujeita a um cerco quase total. Os bombardeios israelenses deixaram 11.500 mortos, a maioria civis, incluindo 4.710 crianças, segundo o governo do Hamas.

 

(Com informações da AFP)

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