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Em reunião com líderes internacionais, Arábia Saudita alerta para consequências econômicas da guerra em Gaza

Na abertura de uma reunião especial do Fórum Econômico Mundial (WEF) em Riade, neste domingo (28), com a presença de vários líderes e mediadores do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, a Arábia Saudita fez um alerta para as consequências econômicas da guerra em Gaza e pediu uma "desescalada" da violência.

Suhail Mohamed Al Mazrouei, ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, fala durante o Fórum Econômico Mundial (WEF) em Riade, Arábia Saudita, 28 de abril de 2024. REUTERS/Hamad I Mohammed
Suhail Mohamed Al Mazrouei, ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, fala durante o Fórum Econômico Mundial (WEF) em Riade, Arábia Saudita, 28 de abril de 2024. REUTERS/Hamad I Mohammed REUTERS - Hamad I Mohammed
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Entre os participantes na reunião de dois dias estão o Secretário de Estado americano, Antony Blinken, representantes palestinos e diplomatas de alto escalão envolvidos nas negociações de trégua entre Israel e o grupo palestino Hamas.

A guerra de Gaza, ao lado dos conflitos na Ucrânia e em outras regiões, exercem "muita pressão" sobre o ambiente econômico, afirmou o ministro saudita das Finanças, Mohammed al Jadaan. "Acredito que os países, os governantes e as pessoas com cabeça fria devam prevalecer. É necessário garantir uma desescalada" do conflito, apelou Jadaan.

Israel não tem representantes no evento e as negociações com mediação do Catar, Egito e Estados Unidos acontecem em outras cidades, mas a reunião em Riade é uma "oportunidade para ter conversas estruturadas" com "figuras-chave", afirmou o presidente do WEF, o noruguês Borge Brende.

A guerra em Gaza eclodiu em 7 de outubro, após um ataque do Hamas contra o sul de Israel que deixou 1.170 mortos e mais de 250 reféns, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais.

A ofensiva de represália de Israel contra o movimento islâmico fez mais de 34.454 mortos em Gaza, a maioria mulheres, adolescentes e crianças, segundo o último balanço do Ministério da Saúde do território palestino governado pelo Hamas.

Pressão sobre Israel

A reunião em Riade acontece em um momento de crescente pressão internacional para tentar evitar que Israel inicie uma operação terrestre em Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza e que abriga atualmente 1,5 milhão de pessoas, a maioria deslocadas pelo conflito.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, fez um apelo em Riade para que o governo dos Estados Unidos "peça a Israel que interrompa a operação de Rafah, porque é o único país capaz de impedir que Israel cometa este crime".

O Secretário de Estado americano, Antony Blinken, viajará para a capital saudita nesta segunda-feira para "abordar os esforços em curso a fim de conseguir um cessar-fogo em Gaza que permita a libertação de reféns", anunciou o Departamento de Estado, no sábado.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se despede ao decolar para a Arábia Saudita. Em Maryland, EUA, 28 de abril de 2024. REUTERS/Evelyn Hockstein/Pool
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se despede ao decolar para a Arábia Saudita. Em Maryland, EUA, 28 de abril de 2024. REUTERS/Evelyn Hockstein/Pool REUTERS - Evelyn Hockstein

Após semanas de estagnação nas negociações, o Hamas anunciou que está examinando uma contraproposta israelense para uma trégua e libertação de reféns.

Desde o início da guerra, a Arábia Saudita trabalha com outros países para tentar acabar com o conflito, que ameaça a estabilidade regional e o seu ambicioso programa de reformas econômicas chamado 'Visão 2030'.

A monarquia do Golfo, maior exportador de petróleo do mundo, também negociava um acordo para normalizar as relações com Israel, mas o conflito dificultou as conversações.

(Com AFP)

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