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Situação financeira do Rio afeta serviços públicos essenciais

O jornal econômico francês Les Echos destaca na edição desta terça-feira (21) o decreto de calamidade pública do governo do estado do Rio de Janeiro a 50 dias das Olimpíadas. Segundo o correspondente da publicação no Brasil, a medida diz que "o estado não tem condições de honrar seus compromissos financeiros para os Jogos Olímpicos", que começarão no dia 5 de agosto.

Governo declara estado de calamidade pública a 50 dias das Olimpíadas
Governo declara estado de calamidade pública a 50 dias das Olimpíadas REUTERS/Sergio Moraes
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A reportagem afirma que o governo federal deve socorrer o Rio com uma ordem para desbloquear 2 bilhões e 900 milhões de reais. O objetivo imediato é a conclusão da linha 4 do metrô, que vai ligar a Barra da Tijuca, sede dos Jogos, ao centro da cidade. Já com bastante atraso, a obra só deve ser inaugurada no dia 1° de agosto, a quatro dias da abertura das Olimpíadas.

Segundo o jornal, a assinatura do decreto adverte para o risco de um colapso total dos serviços públicos. O governardor interino, Francisco Dornelles, disse que nunca havia visto uma situação tão trágica, provocada, segundo ele, pela crise econômica que assola o país.

Em maio, o governo do Rio adiou o reembolso de R$ 8 milhões devidos à Agência Francesa de Desenvolvimento, que concordou com um empréstimo de € 300 milhões ao estado para financiar as obras de mobilidade urbana.

Os funcionários públicos estão com os salários atrasados, os professores estão em greve há meses e a população diz que os hospitais estão em um estado deplorável. Em relação à segurança, a situação não seria melhor: no fim de semana passado uma gangue invadiu um hospital para libertar um traficante, deixando um paciente morto durante o tiroteio.

Crise do petróleo

O estado, que produz mais da metade do petróleo do país, foi atingido em cheio pela queda do preço do barril. A má gestão é também apontada como uma causa, com o uso da receita dos royalties para pagar as despesas correntes.

Esse episódio constitui uma verdadeira bomba orçamentária às vésperas das Olimpíadas. O presidente interino Michel Temer não tem escolha senão ajudar a pagar as contas, já que os olhos do mundo inteiro se voltam para a Cidade Maravilhosa. Em visita ao Rio na semana passada, o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, elogiou os esforços do governo federal.

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