Opaq denuncia uso “sistemático” de armas químicas na Síria

Um relatório preliminar da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) aponta para o uso “sistemático” de armas químicas, como o cloro, na Síria. As informações de um relatório preliminar que investiga o uso desse produto em vários ataques denunciados.

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O documento não foi divulgado de maneira pública, mas o representante dos Estados Unidos na Opaq, que tem sede em Haia, Holanda, citou vários trechos durante uma reunião. A AFP obteve uma cópia do depoimento.

As provas obtidas pela equipe de inspetores da Opaq concluem que "agentes químicos tóxicos, provavelmente agentes irritantes para as vias respiratórias, como o cloro, foram utilizados de maneira sistemática em um determinado número de ataques". O relatório considera que as acusações "não podem ser descartadas como alheias, aleatórias ou de uma natureza atribuível apenas a motivos políticos".

A Opaq indicou em um comunicado que as provas obtidas reafirmam a tese do uso de "agentes químicos tóxicos, provavelmente agentes irritantes para as vias respiratórias, como o cloro" na Síria.

A organização lembra que Damasco pode ultrapassar a data limite de 30 de junho sem destruir a totalidade de seus agentes químicos. A investigação sobre o uso de cloro foi anunciada no fim de abril, depois da denúncia da França e Estados Unidos sobre o uso da substância pelo regime sírio em ataques contra redutos rebeldes.

Ataque

Um bombardeio do exército contra um campo de pessoas em deslocamento no vilarejo de Shajara, perto da fronteira jordaniana, matou nesta quarta-feira 12 civis, entre eles nove crianças. A mais nova das vítimas tinha quatro anos. O ataque foi denunciado pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).