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Iraquiano e paquistanês estão entre os 14 novos cardeais de papa Francisco

O papa Francisco vai nomear oficialmente, nesta quinta-feira (28), 14 novos cardeais de todos os continentes. A lista inclui um iraquiano e um paquistanês, que defendem os direitos dos católicos em países de maioria muçulmana, e três latino-americanos, mas nenhum brasileiro.

O papa nomeará cardeais de várias nacionalidades
O papa nomeará cardeais de várias nacionalidades REUTERS/Stefano Rellandini
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Em caso de conclave, 11 deles – os que têm menos de 80 anos – poderão participar da escolha de um novo papa. Francisco estabelece, aos poucos, um colégio cardinalício menos europeu, com integrantes comprometidos com a paz e a justiça social.

Entre os novos cardeais que serão nomeados durante um consistório na Basílica de São Pedro do Vaticano está Louis Raphael I Sako, de 69 anos, patriarca da Igreja Católica Caldeia, no Iraque. Ele diz que sua eleição representa um "pensamento do papa para os cristãos iraquianos".

"É nossa terra, estávamos aqui antes dos muçulmanos", afirmou o clérigo, que defende o diálogo e lembra que entre 400.000 e 500.000 cristãos vivem no país, contra 1,5 milhão de antes da queda do regime de Saddam Hussein, em 2003.

Joseph Coutts, arcebispo de Karachi, no Paquistão, também promove o debate entre cristãos e muçulmanos, e luta contra os abusos relacionados aos crimes de blasfêmia. As igrejas estão sob proteção policial no país por causa das ameaças dos grupos muçulmanos extremistas.

O arcebispo Désiré Tsarahazana de Toamasina, em Madagascar, é o único representante da África entre os novos cardeais. "Nosso povo sofre e precisa receber apoio", afirmou, ao tomar conhecimento de sua nomeação.

Representação sul-americana

Um dos três novos prelados da América Latina, o arcebispo jesuíta Pedro Barreto de Huancayo, no Peru, defende os povos da floresta amazônica e já recebeu ameaças por denunciar as condições de trabalho nas minas ilegais.

O mexicano Sergio Obeso Rivera, arcebispo emérito de Xalapa, e o boliviano Toribio Ticona Porco, prelado emérito de Corocoro, não serão eleitores por conta da idade, assim como o espanhol Aquilino Bocos Merino.

O pontífice também nomeará sete cardeais europeus, incluindo o italiano Giuseppe Petrocchi, arcebispo de L'Aquila, cidade destruída por um violento terremoto há nove anos.

Entre eles, três são clérigos próximos ao papa e têm cargos no Vaticano: o jesuíta espanhol Luis Ladaria Ferrer, de 74 anos, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé desde julho do ano passado, o italiano Angelo Becciu, 70, secretário de Assuntos Gerais do Estado, e o polonês Konrad Krajewski, 54, capelão responsável pelas obras de caridade do pontífice.

O arcebispo de Osaka, Thomas Aquinas Manyo, será o único cardeal japonês no colégio. Outros nomeados serão o português Antonio dos Santos Marto, de Leiria-Fátima, e o italiano Angelo De Donatis, vigário da diocese de Roma.

Após o consistório, 59 dos 125 cardeais eleitores terão sido designados diretamente pelo papa Francisco. O colégio cardinalício tem 226 prelados.

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