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Portugal/Economia

Parlamento português vota orçamento de 2014 em meio a protestos

A região metropolitana de Lisboa, que concentra a maior população de Portugal acordou nesta terça-feira com buzinaço nas ruas no momento em que trabalhadores se dirigiam aos locais de trabalho na capital. Esta foi uma das formas de protesto contra as medidas do arrocho salarial previsto no Orçamento do Estado para 2014 que será votado nesta terça-feira no Parlamento português.

Manifestação contra o projeto de orçamento de 2014 em frente à Assembleia da República em Lisboa, 21 de novembro de 2013
Manifestação contra o projeto de orçamento de 2014 em frente à Assembleia da República em Lisboa, 21 de novembro de 2013 REUTERS/Rafael Marchante
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Com colaboração de Adriana Niemeyer, correspondente em Lisboa,

De acordo com o orçamento proposto, os funcionários públicos e os aposentados serão os mais sacrificados com as novas medidas de austeridade. Os cortes nos salários na função pública dos que ganham acima de 675 euros (R$2.090) vão ter impacto na maioria dos trabalhadores do Estado, que ainda vão sofrer um aumento da carga horária de trabalho que passa de 35 para 40 horas semanais.

Vários sindicatos declararam essa medida ilegal e tentaram derrubá-la na Justiça. Mas na tarde desta segunda-feira, o Tribunal Constitucional acabou sendo favorável ao Governo igualando o horário do funcionalismo público ao do privado.

A Confederação Geral do Trabalho pede aos trabalhadores que manifestem neste “Dia Nacional da Indignação”. Além de greves em vários setores, muitos protestos de rua foram programados, principalmente em Lisboa onde se espera uma grande passeata até o parlamento que tem sido palco de várias manifestações.

Na semana passada o protesto dos militares enfrentou o cerco policial que decidiu não reagir diante da invasão das escadas do Parlamento. O líder da CGTP, Arménio Carlos, afirmou que o objetivo é chegar ao parlamento, mas que nada de positivo surgirá caso haja "confrontos com a polícia".

Mas os temores de violência assustam diversas lideranças políticas. Durante um debate de partidos de esquerda na semana pasada, o ex-presidente Mario Soares e o capitão da Revolução dos Cravos, Vasco Lourenço, alertaram para os riscos dos protestos não serem apenas pacíficos.
 

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