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Após 16 meses, coalizão escolhe ex-vice-primeiro-ministro como novo premiê da Bélgica

Cerca de 16 meses depois das eleições legislativas, a decisão foi anunciada pelo seu rival socialista francófono, Paul Magnette, durante uma coletiva de imprensa. Croo foi escolhido pela nova coalizão majoritária belga, formada por seis partidos socialistas, liberais e ecologistas e um partido cristão-democrata.

Alexander De Croo, o futuro premiê belga
Alexander De Croo, o futuro premiê belga © Divulgação
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O futuro premiê, Alexander De Croo, 44 anos, está na política desde 2009. Ele foi ministro das Fiinanças e vice-primeiro-ministro dos gabinetes do socialista Elio Di Rupo (2012-2014) e dos liberais francófonos Charles Michel (2014-2019) e Sophie Wilmès (2019-2020). A futura coalizão e o líder do novo governo foram decididos na madrugada desta quarta-feira.

O grupo foi batizado de "Vivaldi", em referência às quatro estações do compositor, por englobar quatro correntes políticas: socialistas, liberais e ecologistas das comunidades flamengas e francófonas, além de um partido cristão – um verdadeiro quebra-cabeça político. A Bélgica, com 11 milhões de habitantes, é um dos poucos países federais sem partidos políticos federais, o que fragmenta os apoios e dificulta a formação de um governo. 

Velha geração se retira da cena política

Croo dirigirá uma equipe formada por políticos mais jovens. A pandemia, escreve o jornal francês Le Monde, marca o fim de uma geração de dirigentes que não soube responder às diversas interrogações sobre o futuro do país. O novo premiê deve prestar juramento diante do rei Philippe nesta quinta-feira (02). Sua equipe ainda terá que obter o voto do Parlamento nos próximos dias.

O objetivo da nova coalizão também foi evitar novas eleições, que teriam favorecido os extremistas de direita do partido Vlaams Belang, xenófobos e independentistas, e o partido do Trabalho (PTB), de extrema esquerda, da Valônia.

Essa situação teria enrolado ainda mais a já complicada situação política do país. Neste contexto, a fórmula Vivaldi apareceu como a única possível e teve o apoio do chefe de Estado belga, o rei Philippe e de pessoas próximas, que multiplicaram os contatos para formar o acordo de governo anunciado nesta quarta-feira.

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