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Brasil/FMI

FMI aponta "recuperação progressiva" da economia brasileira

A atividade econômica do Brasil "se recupera progressivamente", indicou nesta quarta-feira, 28 de agosto de 2013, o Fundo Monetário Internacional (FMI), que elogiou o endurecimento da política monetária do Banco Central a fim de conter a inflação.

A presidente Dilma Roussef disse nesta quarta-feira, 28 de agosto de 2013, que o Brasil tem "bala na agulha" para enfrentar a desvalorização cambial.
A presidente Dilma Roussef disse nesta quarta-feira, 28 de agosto de 2013, que o Brasil tem "bala na agulha" para enfrentar a desvalorização cambial. REUTERS / Ueslei Marcelino
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"A economia brasileira está se recuperando progressivamente após a desaceleração econômica que começou em meados de 2011", com um início de retomada dos investimentos, destacou o FMI em seu relatório anual sobre a sétima potência econômica mundial.

O crescimento econômico do país havia caído em 2012 para 0,9%, contra 7,5% em 2010. Esse índice deve ficar em torno de 2,5% em 2013, após uma previsão inicial de 4%, e melhorar lentamente em 2014, segundo os analistas.

No entanto, o FMI estima que o Brasil deve redobrar seus esforços para aumentar a produtividade, a competitividade e os investimentos, se quiser atingir seu potencial de crescimento.

Os diretores do FMI comemoraram o aumento progressivo dos juros pelo Banco Central do Brasil a fim de conter "a pressão inflacionista" e "favorecer a poupança interna".

O Banco Central deve anunciar nesta quarta-feira uma nova alta de 0,5 ponto de sua taxa de juros, que chegará assim a 9%, enquanto a inflação nos últimos doze meses ficou em 6,27%, próxima do limite máximo de 6,5% estabelecido pelo governo.

O FMI também encorajou o Brasil a continuar sua política de câmbio flexível limitando suas intervenções no mecado "para moderar uma excessiva volatilidade".

O dólar atingiu 2,45 reais na semana passada, seu nível mais alto desde 2008, antes de cair gradualmente para cerca de 2,38 reais após o anúncio do governo de medidas para limitar a desvalorização da moeda.

O FMI também indicou que apoia as concessões anunciadas pelo governo ao setor privado (principalmente nas áreas de petróleo, portos e aeroportos), "que aumentarão os investimentos e aliviarão a saturação da infra-estrutura".

O relatório enfatiza, porém, a existência de certos riscos "associados ao crédito imobiliário e aos empréstimos hipotecários" no Brasil, onde os preços dos imóveis aumentaram muito nos últimos anos. O FMI alerta que essa tendência deve ser constantemente monitorada.

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