Acessar o conteúdo principal

Bolsas mais importantes do mundo fecham em queda

A bolsa de Paris encerrou suas operações nesta quarta-feira (20) com um grave queda de 3,45% causada pelo despencar do preço do barril de petróleo, que provoca um efeito dominó no mercado mundial. 

Bolsas em queda sob pressão do preço do petróleo e desaceleração na China
Bolsas em queda sob pressão do preço do petróleo e desaceleração na China REUTERS/Kim Kyung-Hoon
Publicidade

Outras praças europeias também sofreram fortes baixas. A bolsa de Frankfurt perdeu 2,82%, a de Londres, 3,46%, enquanto a Euro Stoxx caiu 3,28%.

“Há dois fatores catalisadores que estão derrubando o preço das ações desde o começo do ano: a desaceleração da economia chinesa, assim como de outros países emergentes, e a erosão do preço do barril de petróleo”, explicou o analista Alexandre Baradez da IG France.
 

“É um início de ano calamitoso, nunca visto, com exceção de janeiro de 1988, quando muitos investidores apostavam no petróleo”, observou Xavier de Villepion, vendedor de ações da HPC.
 

Wall Street

Horas depois, a bolsa de Nova York acompanhou a queda das praças europeias, perdendo 3,05%, e o Nasdaq, 3,11%. “Os investidores partem do princípio que estamos próximos de uma recessão mundial”, avalia Sam Stovall da Standard & Poor’s Capital, considerando a situação uma “profecia que se autorrealiza”.
 

“As pessoas estão querendo sair do mercado, quando a principal incerteza é o preço do petróleo, que é praticamente imprevisível”, completou.
 

O preço do bruto perdeu hoje mais um dólar e meio por barril em função da confirmação dos excedentes mundiais e da desconfiança generalizada dos investidores em ativos considerados de alto risco.

Este declínio do barril de petróleo pertence “à mesma desordem que, desde o início do ano, tem impactado os mercados de ações do mundo," opinou Patrick O'Hare da Briefing. "O declínio do preço do petróleo, as preocupações com o crescimento e os lucros, as preocupações com as políticas públicas… Tudo isso está influenciando o comportamento das bolsas hoje".

Dos eventos desfavoráveis, ele citou as novas preocupações internacionais com a China, bem como os rumores de que o Banco do Japão pretende reduzir sua previsão sobre a inflação, e nos Estados Unidos, os resultados decepcionantes nos preços de bens de consumo e imobiliário no mês de dezembro.

"O verdadeiro problema, que está ligado a esta queda e outras coisas, é que os resultados das empresas são sombrios e as suas previsões são ainda pior", concluiu Patrick Hare.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.