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Alemanha/Volkswagen

Ex-Porsche assume presidência da Volkswagen

Em reunião extraordinária nesta sexta-feira (25) em Wolfsburg, na Alemanha, o Conselho de Administração da Volkswagen nomeou Matthias Muller, ex-dirigente da marca Porsche, como novo presidente do grupo alemão. Ele assume suas funções imediatamente no lugar de Martin Winterkorn, que renunciou na quarta-feira devido às consequências desastrosas do escândalo do software que fraudava as medidas de gases poluentes dos carros a diesel de várias marcas do grupo.

Mathias Muller, novo presidente do grupo Volkswagen.
Mathias Muller, novo presidente do grupo Volkswagen. REUTERS/Fabian Bimmer
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Desde que o escândalo estourou nos Estados Unidos e se propagou no resto do mundo, o nome de Mathias Muller, de 62 anos, aparecia como favorito para ocupar a função de novo presidente da Volks. Seu maior desafio será recuperar a imagem do grupo alemão profundamente afetada pela fraude.

Ciente de que a segurança dos carros é a principal preocupação dos consumidores, Muller insistiu, em suas primeiras declarações à imprensa, que a segurança dos clientes e dos veículos nunca esteve comprometida. "Nós vamos superar esta crise e o grupo ficará ainda mais forte", disse Muller.

O Conselho de Administração considerou o caso "um desastre moral e político" para o grupo. Membros do Conselho atribuíram a fraude "a um pequeno grupo de pessoas que deram um enorme prejuízo à Volkswagen", disse, por exemplo, Bernd Osterloh, que representou os empregados na reunião. O Conselho recomendou a suspensão dos colaboradores envolvidos, para dar transparência às investigações.

Na reunião, ficou definido que o grupo vai adotar uma nova estrutura administrativa, reforçando a responsabilidade das marcas e das regiões de produção.

O grupo Volkswagen adotou a convocação de uma assembleia extradordinária de acionistas no dia 9 de novembro.

EUA reforçam controles

Os Estados Unidos anunciaram hoje que aumentarão o controle dos veículos a diesel em função da descoberta de que a Volkswagen alterava seus motores para que parecessem menos poluentes.

"As tecnologias evoluem e devemos nos adaptar", afirmou um funcionário da agência americana de controle ambiental, a EPA. Ele acrescentou que as montadoras já foram avisadas sobre esse aumento dos controles.

A Volkswagen confessou ter equipado cerca de 11 milhões de veículos com este software instalado em motores diesel, que distorce os resultados dos testes de emissões poluentes.

Dos veículos do grupo em circulação na Alemanha, 2,8 milhões têm o dispositivo eletrônico ilegal, informou nesta sexta-feira o ministro dos Transportes alemão, Alexander Dobrindt. Ele também disse que modelos utilitários leves estão entre os veículos envolvidos no escândalo.

O número de veículos fraudados por país ainda não é conhecido, nem a lista completa de modelos afetados.

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