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Ataque suicida deixa 14 mortos na Somália em véspera de eleições

Pelo menos 14 pessoas foram mortas em um ataque suicida na Somália, neste sábado (19). De acordo com testemunhas, houve uma explosão na varanda de um restaurante, onde muitas pessoas almoçavam. Entre as vítimas havia vários políticos locais

O ataque suicida aconteceu em Beledweyne, a 340 quilômetros da capital da Somália.
O ataque suicida aconteceu em Beledweyne, a 340 quilômetros da capital da Somália. AFP
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A área externa do restaurante Hasan Dhiif, onde muitos se reuniam sob as árvores, ficou destruída. O atentado ocorreu na cidade de Beledweyne, no centro do país e foi reivindicado por jihadistas do grupo islâmico Al-Shabaab.

Entre os mortos estão o vice-governador da região de Hiiran, o vice-diretor de assuntos sociais do distrito de Beledweyne e o chefe-adjunto dos serviços de inteligência locais, afirma o grupo terrorista em um breve comunicado reivindicando a responsabilidade pela ação.

Um relatório inicial fornecido pela polícia e testemunhas relatou dez mortos, incluindo vários altos funcionários locais. Porém, quatro dos 16 civis feridos na explosão de um homem-bomba não resistiram aos ferimentos e morreram no hospital.  "O número de vítimas no hediondo ataque terrorista de hoje em Beledweyne aumentou de 10 para 14 pessoas até agora", disse à AFP, por telefone, Mohamud Hasan, representante da polícia local. "Foi o ataque mais mortal de que me lembro nesta cidade", completou ele.

Mahad Osman, uma testemunha, disse ter visto vários corpos, enquanto os feridos eram levados para o hospital. Muitas pessoas estavam esperando para serem atendidas quando a explosão aconteceu", disse ele, descrevendo a cena de caos sangrento que se seguiu.

A Somália, em particular a capital Mogadíscio, tem sofrido uma série de ataques nas últimas semanas, a maioria deles executada pelo movimento jihadista Al-Shebab, ligado à Al-Qaeda, e ainda muito estabelecido nas áreas rurais do país. Os casos se multiplicam em meio a uma crise política devido a divergências sobre o atraso das eleições.

Por causa da votação para a escolha dos assentos na Câmara dos Deputados, a segurança havia sido reforçada em Beledweyne, cidade localizada 340 quilômetros ao norte da capital.

O Al-Shabaab, que luta contra o frágil governo central, foi expulso de Mogadíscio em 2011, após uma ofensiva da força da União Africana, mas ainda controla grande parte do país. De acordo com o calendário eleitoral, as eleições para o Parlamento devem ser realizadas até 25 de fevereiro, com mais de um ano de atraso.

As eleições na Somália seguem um modelo indireto complexo, em que os deputados estaduais e os delegados dos clãs escolhem os representantes do parlamento nacional, que por sua vez nomeiam o Presidente da República.

Em um comunicado na sexta-feira (18), os Estados Unidos pediram aos líderes somalis que realizem as eleições de "maneira credível e transparente". "Os Estados Unidos vão responsabilizar aqueles que obstruírem ou prejudicarem o processo", afirma o documento.

 

(Com informações da AFP)

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