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Marinha Francesa intercepta carga recorde de 10,7 toneladas de cocaína do Brasil na costa africana

Uma carga recorde de 10,7 toneladas de cocaína foi apreendida em um barco de pescadores brasileiro, no Golfo de Guiné, ao largo da África. A operação, ocorrida no dia 14 de março, foi revelada nesta quarta-feira (20) pela Marinha Francesa. Não foi a primeira interceptação de drogas nessa região do globo. Em um ano, as apreensões se multiplicam na costa africana. 

O tráfico de drogas afeta os países da África Ocidental. Aqui, um membro da Marinha Francesa inspeciona pacotes contendo cocaína durante uma apreensão anterior no Golfo da Guiné, em 21 de março de 2021 (ilustração).
O tráfico de drogas afeta os países da África Ocidental. Aqui, um membro da Marinha Francesa inspeciona pacotes contendo cocaína durante uma apreensão anterior no Golfo da Guiné, em 21 de março de 2021 (ilustração). © Corentin Charles / AP
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Os militares interceptaram o barco de pesca com bandeira brasileira, onde não encontraram peixes, mas pacotes bem embalados de um pó branco. O teste foi feito na hora e apontou que se tratava de cocaína. 

A apreensão de mais de 10 toneladas da droga a bordo significa o sucesso de uma operação da Marinha Francesa. O valor é estimado em € 695 milhões.

"Antes de subirmos a bordo não sabemos nunca a quantidade de cocaína que pode ser apreendida. Essa é recorde. Em cada ação, para nós é cocaína que deixa de circular na Europa", diz o capitão de fragata, Alban Simon. 

A operação aconteceu no Golfo de Guiné, na costa oeste da África, onde a Marinha da França persegue pistas de traficantes de drogas. Uma zona que ultrapassa sete vezes o tamanho da França, que se estende por 14 países. 

Nos últimos meses, as apreensões têm crescido nesta área. Cinco toneladas foram interceptadas em dezembro, num barco.

A droga produzida no Brasil, Colômbia, Peru e Bolívia é enviada de barco para os portos africanos, e depois para o norte da África, de barco, ou de caminhão via Gana, Mali, Costa do Marfim, Líbia para alcançar as costas espanholas posteriormente. Uma rota longa, mas mais segura para os traficantes. 

"O Golfo de Guiné se transformou numa zona sem lei, onde atuam piratas e traficantes, que aproveitam do alto nível de corrupção das forças de ordem locais", diz Bertrand Monet, professor da EDHEC, especialista em economia criminal. 

 

(Com AFP)

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