Trabalho infantil e tráfico de menores nas províncias do Cunene e Huila, sul de Angola
O trabalho infantil e o tráfico de crianças, estão a preocupar as autoridades angolanas, mas também as igrejas, sindicatos, organizações não governamentais e de defesa dos direitos humanos em Angola.
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Nos últimos dias a polícia angolana prendeu "em flagrante delito" na província do Cunene, no sul de Angola, três cidadãos namibianos, alegadamente implicados no tráfico de menores, que tentavam sair do território angolano rumo à Namíbia, acompanhados de cinco adolescentes angolanos, com idades compreendidas entre os 15 e os 17 anos, que supostamente iriam ser explorados nas fazendas namibianas como pastores de gado.
Segundo o Jornal de Angola, este caso está a causar indiganação junto das populações das províncias do Cunene e da Huíla, no sudoeste do país, de onde as crianças são oriundas, pois este é o segundo caso do género registado este mês nessa região.
No dia 4, o Instituto Nacional da Criança (INAC) entregou às famílias nove menores, com idades compreendidas entre os 8 e os 14 anos, raptados no município de Namacunde, Cunene.
Segundo o relatório de 2010 sobre o tráfico de seres humanos, divulgado no site da embaixada dos Estados Unidos em Angola, mulheres e crianças angolanas são traficadas essencialmente para a República Democrática do Congo, África do Sul, Namíbia e países europeus, principalmente Portugal.
Avelino Miguel, correspondente da RFI em Luanda
Este relatório refere também que o governo angolano “não cumpre integralmente os padrões mínimos para a eliminação do tráfico, embora esteja a empreender esforços significativos nesse sentido”, como campanhas de sensibilização sobre o assunto e a emenda na Constituição que penaliza esse tipo de crime.
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