Moçambicanos denunciam xenofobia na África do Sul
Em Moçambique centenas de pessoas saiu à ruas para manifestar a solidariedade e repúdio com as vítimas de xenofobia e violência na África do Sul. A iniciativa que foi convocada através das redes sociais pretendeu igualmente pressionar o governo sul-africano a encontrar uma solução permanente para este problema.
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Pouco mais de uma centena de cidadãos entre nacionais e estrangeiros marcharam nas ruas da capital moçambicana para denunciar a onda de xenofobia e violência. A manifestação, organizada através das redes sociais, iniciou-se às primeiras horas da manhã na avenida Eduardo Mondlane e prosseguiu pelo centro da capital moçambicana de modo pacífico.
Nos cartazes empunhados pelos manifestantes podiam ler-se como mensagens de repúdio à xenofobia e os manifestantes entoaram o hino nacional moçambicano e gritaram frases de exaltação à união dos africanos.
"Não é bonito, nós estamos a viver com sul-africanos aqui e eles lá com moçambicanos. Porque a África é é África mãe e temos que viver em paz".
A marcha não foi autorizada, o que surpreendeu a polícia como referiu à RFI Bernardino Rafael, diirector da Ordem e Segurança da cidade de Maputo: " Houve um desacata em termos do ofício submetido, mas a polícia não fará nenhuma detenção".
Os primeiros 107 moçambicanos, de um total de 600 que estavam refugiados em centros de acolhimento na região sul-africana de Durban, foram transportados na madrugada da sexta-feira em dois autocarros e são maioritariamente oriundos das províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, no sul do país.
Correspondência de Moçambique
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